quarta-feira, 31 de julho de 2013

Um app que calcula o tamanho da sua timeline no Facebook

Natura revela quantos quilômetros mede a sua linha do tempo


Usuários hardcore de Facebook certamente já publicaram muitas coisas por lá, mas o que exatamente isso significa no mundo real? Um aplicativo da Natura, para promover o perfume Kaiak, analise sua timeline e calcula o tamanho em quilômetros.

A intenção é incentivar que os usuários se movimentem na mesma proporção que produzem conteúdo na rede social. Segundo a agência, o próprio Facebook analisou o algoritmo para se certificar que o cálculo realmente faz sentido.

Taxa de suicídio diminui 85% após ação da Samsung em ponte

A campanha publicitária premiada em Cannes ajudou a reverter uma trágica situação da Coreia do Sul, um dos países mais suicídios

Trecho de vídeo que registra ação publicitária da Samsung na Coreia do Sul

Reprodução


A Coreia do Sul é o país com a maior taxa de suicídio da OCDE. A ponte Mapo, na capital Seul, é o lugar de onde mais pessoas se jogam, tendo sido responsável por 108 mortes nos últimos cinco anos.

Para reverter essa trágica situação e se promover como uma marca que salva vidas, o Seguro Samsung transformou em “Ponte da Vida” o local mais mortal do território sul-coreano.

Contrariando as expectativas do governo de construir um muro ou simplesmente fechar a ponte, a companhia apostou em uma solução criativa que fizesse as pessoas pensarem duas vezes antes de tomarem uma medida extema.

Luzes com sensores acendiam conforme os transeuntes caminhavam pela ponte, que também recebeu frases inspiradoras que incluem: “Vá ver as pessoas de quem você sente saudade”, “Os melhores momentos da sua vida ainda estão por vir”, “Como você gostaria de ser lembrado?”. Segundo reportagem da Creativity, as mensagens foram criadas em parceria com psicólogos e ativistas da prevenção ao suicídio.

A instalação, assinada pela agência Cheil Worldwide, levou um ano e meio para ser feita, contou com 124 trabalhadores, totalizou 2,2 km de extensão e utilizou 2.200 luzes de LED e sensores.

Segundo o Cannes Lion, que premiou o projeto em 2013, de setembro do ano passado, quando a campanha teve início, a dezembro de 2012, a taxa de suicídio na ponte diminuiu 85%. 


App brasileiro Tysdo quer ajudar você a realizar desejos

Você quer perder peso, praticar um esporte ou viajar para a China? O Tysdo, app móvel com ingredientes de rede social, quer ajudá-lo a realizar esses desejos

DIVULGAÇÃO

São muitos os desejos que acabam reprimidos na correria do dia-a-dia. Dependendo da pessoa, a lista pode incluir coisas como praticar um esporte, comprar um carro, aprender a cozinhar algo apetitoso ou escalar o Everest, por exemplo. O app social brasileiro Tysdo quer ajudá-lo a realizar esses desejos.

O logotipo do Tysdo traz o desenho de uma pessoa em plena queda num “bungee jump”. O nome vem das iniciais de “things you should do” (coisas que você deveria fazer). Isso já dá uma ideia do clima do aplicativo. 

Nele, o usuário é encorajado a listar seus desejos e compartilhá-los com outros no próprio Tysdo e, opcionalmente, também no Facebook. Depois, as pessoas podem incentivar-se mutualmente, receber dicas dos demais e comemorar com eles os objetivos atingidos.

O Tysdo traz uma lista de desejos para o usuário escolher. Há 13 categorias como relacionamento, saúde e beleza, viagem e aventura. “São coisas que tornam a vida melhor”, disse a EXAME.com Roberta Vasconcellos, sócia-fundadora da startup de Belo Horizonte que desenvolveu o app.

Ao menos por enquanto, não é possível acrescentar desejos que não fazem parte da lista. Mas Roberta diz que a próxima atualização vai adicionar um recurso para que as pessoas deem sugestões de desejos a serem incluídos.

Além disso, a Tysdo (a empresa e o app têm o mesmo nome) cogita vender listas específicas. “Seriam listas como coisas a fazer para perder peso ou para se casar, por exemplo”, diz Roberta.

A empresa também vem testando um modelo de parcerias para a criação de desejos patrocinados e concursos. A primeira dessas parcerias foi fechada com a agência de turismo Tia Eliane. Envolve desejos relacionados com uma visita aos parques temáticos de Orlando, na Flórida.

Como geralmente acontece em versões iniciais de aplicativos, o Tysdo ainda precisa de aperfeiçoamentos. Há falhas de usabilidade que tornam difícil, às vezes, encontrar um desejo específico. E alguns desejos tem prazos e níveis de dificuldade claramente equivocados.

Além disso, há, por enquanto, poucos usuários. Mas o app deverá melhorar com o tempo. Ele é gratuito e está disponível na App Store para o iPhone. Uma versão para Android deve ser liberada até o fim do ano.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Facebook passa a distribuir jogos para smartphones e tablets

Confirmando rumores anteriores, o Facebook divulgou, hoje, que vai passar a atuar na distribuição de jogos para dispositivos móveis

App do Facebook num "feature phone"
Divulgação

O Facebook anunciou, hoje, que vai passar a atuar na publicação de games para smartphones e tablets. O serviço é dirigido principalmente a pequenos desenvolvedores que não têm verba suficiente para fazer, eles mesmos, a divulgação dos jogos.

Na indústria de jogos, é comum empresas diferentes desempenharem os papéis de desenvolvedora e publicadora. Electronic Arts e Activision, por exemplo, publicam jogos de diversos desenvolvedores.

O Facebook diz que há 260 milhões de pessoas que jogam regularmente na rede social. O número corresponde a um terço dos 800 milhões de usuários ativos nela. “O programa foi elaborado para ir até pessoas que já jogam no Facebook e oferecer novos jogos que possam interessar a elas”, diz um comunicado da empresa.

“Vamos ajudar fãs de jogos de estratégia, por exemplo, a encontrar outros jogos de estratégia; e entusiastas de jogos casuais a achar outros jogos casuais”, prossegue o texto. 

O novo serviço de publicação é descrito pela empresa como um projeto-piloto. Sua divulgação vem confirmar os rumores que circularam no início deste mês, quando o site TechCrunch relatou que o Facebook estava planejando atuar como distribuidor de jogos. 

O Facebook lista dez jogos que estão participando do projeto-piloto. São quase todos de empresas desconhecidas do público. Mas há pelo menos uma exceção: o game Kingdoms & Lords é produzido pela Gameloft, conhecida por sucessos como “Assassin's Creed” e “Order & Chaos”.

Desenvolvedores interessados em ter seus jogos distribuídos pelo Facebook podem se inscrever no site da empresa. Mark Zuckerberg e sua turma devem ficar com uma parcela do valor arrecadado, mas o Facebook não divulgou quanto será.

Brasileiros descobrem que casca de banana pode despoluir a água

Banana
sxu.hu

Cascas de banana trituradas podem funcionar como um remédio eficaz em águas poluídas por pesticidas. Esse poder de despoluir a água por um custo zero foi descoberto por uma equipe de cientistas liderados pela pesquisadora Claudineia Silva, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.

Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores coletaram amostras nos rios Piracicaba e Capivari, e na estação de tratamento de água da cidade. Nesses rios, as águas ficam poluídas pelos pesticidas atrazina e ametrina, muito usados em plantações de cana-de-açúcar e milho. 

Em seguida, os pesquisadores secaram cascas de banana maduras em um forno a 60ºC por um dia, resultado que também pode ser obtido ao expor o material ao Sol durante uma semana. Após essa primeira etapa, as cascas foram trituradas e peneiradas. O processo gerou um pó de consistência parecida com a de uma ração. Esse material foi, então, misturado com a água, agitado por 40 minutos e filtrado. “A reposta foi ótima. Essa biomassa conseguiu absorver 90% dos pesticidas”, afirma Claudineia.

Esse método tem uma vantagem sobre procedimentos tradicionais. Atualmente, os tratamentos de água não são suficientes para remover resíduos de agrotóxicos de tal forma a atingir o padrão de potabilidade e evitar riscos à saúde humana. 

O carvão ativado (o mecanismo mais usado), por exemplo, é um método caro de despoluição. “A casca de banana teria custo zero. Qualquer um poderia usar essa técnica, principalmente em regiões mais pobres. Qualquer pessoa pode pegar uma casca de banana, secar ao sol, bater no liquidificador e jogar na água”, diz Claudineia.

Apple despenca no mercado de tablets mundial

A participação dos dispositivos com sistema operacional Android no mercado global no segundo trimestre disparou em comparação ao mesmo período do ano passado

iPad mini chega ao Japão
REUTERS

Novos números revelam que a maré do mercado de tablets se virou contra a Apple. A participação dos dispositivos com sistema operacional Android no mercado global no segundo trimestre disparou em comparação ao mesmo período do ano passado.

Enquanto isso, a fatia da Apple despencou de uma posição de quase metade do mercado para menos de um terço. Os dados são da consultoria Strategy Analysts.

Os tablets com Android, de marcas como Samsung, Google Nexus e Sony, mas também de uma série de marcas menores e com preços reduzidos, foram responsáveis por 67,2% do mercado global no segundo trimestre de 2013.

No mesmo período em 2012, respondiam por 51,4%. Já o sistema iOS, de aparelhos da Apple como o iPad e o iPad Mini, caiu de uma posição de 47,2% no segundo trimestre de 2012 para 28,3% na mesma época este ano. Em números de unidades vendidas, o que era quase empate se tornou franca desvantagem para a Apple.

No segundo semestre de 2012, tablets da Apple venderam 17 milhões de unidades, ante os 18,5 milhões de modelos Android. Um ano depois, foram 14,6 milhões de iPads contra 34,6 milhões do sistema rival.

As vendas totais de tablets no mundo alcançaram 51,7 milhões de unidades, um aumento de 43% em relação aos 36,1 milhões do segundo trimestre em 2012. Na mesma pesquisa da Strategy, tablets com sistema operacional Windows subiram sua participação de 0,5% para 4,5%.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Trabalho é a tarefa, não o local, diz livro de home office

Obra traz dicas sobre como ser tão produtivo em casa, quanto se você estivesse na sede de sua empresa

André e Marina Brik, autores do livro "Trabalho Portátil – Produtividade, economia e qualidade de vida no home office das empresas"
Alessandra Okazaki/Divulgação

Em 2003 André Brik deixou o emprego em uma agência de publicidade e, para manter a renda, começou a trabalhar de casa.  A partir daí, o que era para ser provisório virou rotina. “Percebi que para os clientes não fazia diferença se eu estava em casa ou no escritório, porque o trabalho era entregue com qualidade. E também eu tinha uma economia que era até mesmo repassada para os meus preços”, conta.
Brik começou a pesquisar sobre home office na internet, mas não encontrou muita coisa. Comprou então vários livros estrangeiros sobre o assunto, traduziu e sintetizou o conteúdo e estabeleceu a Brik mkt+design, uma empresa que hoje atende o Brasil inteiro, a partir de seu home office. 
Em 2006, sua esposa, a jornalista Marina Brik, percebeu que o negócio estava dando certo e decidiu também trabalhar de casa. Foi aí que ela fundou a agência de comunicação institucional Jornalismo Corporativo e, junto com o marido, criou o portal GoHome, que reúne informações, dados e depoimentos sobre home office.  No próximo dia 15, o casal lança o livro Trabalho Portátil - Produtividade, economia e qualidade de vida no home office da empresa. 
A obra é a segunda do casal. Em 2011 André e Marina escreveram “As 100 dicas do home office: um guia básico para montar o seu escritório em casa”. “Percebemos que muita gente nos procurava para pedir informações que já estavam no GoHome, então compilamos tudo no livro”, diz Brik.  
Trabalho portátil é fruto do instituto homônimo, que presta consultorias sobre home office, criado em 2013. A obra esclarece desafios e reúne dicas de como oferecer o benefício nas empresas e aponta qual o perfil de um colaborador propenso a trabalhar melhor sem sair de casa e como os gestores podem identificá-lo. 
Sem o chefe mandar
“Para dar resultado, é preciso selecionar as pessoas certas para as atividades adequadas. A pessoa que vai trabalhar em casa deve ser disciplinada, organizada, não ser movida a chefe. O home office não é pra todo mundo. Cerca de 20% das pessoas voltam para o escritório seis meses depois de abandoná-lo”, conta André Brik.
De acordo com uma pesquisa do instituto canadense Ekos, citada no livro, a opção de trabalhar em casa tem 33% mais força na hora de atrair ou reter um talento, do que um aumento na remuneração. As vantagens são várias: qualidade de vida, mais tempo para passar com a família, possibilidade de resolver problemas só solucionáveis em horário comercial, menos tempo no trânsito e até diminuição da poluição. Apesar disso, nem tudo é positivo no home office – basta lembrar o caso do Yahoo!, que recentemente decidiu cortar o benefício e mandar todos os funcionários de volta  aos escritórios. 
“O gestor precisa ter uma comunicação direta e sistemática para conseguir alinhar os projetos sem aquele momento em que ele esbarra no colaborador no cafezinho e complementa uma ideia. É também necessário haver reuniões presenciar pelo menos a cada 15 dias”, afirma André.
REPRODUÇÃO
A ideia central do livro é: “trabalho é algo que se faz e não um lugar para onde se vai”. “É preciso haver uma quebra de paradigma. Home office não é mais uma questão de tendência, mas sim uma necessidade para empresas de qualquer porte”, ressalta Marina Brik. 
A introdução de “Trabalho portátil” foi escrita pelo sociólogo e escritor italiano Domenico de Masi, autor dos livros “O ócio criativo” e “O futuro do Trabalho”, que também assina um anexo da obra. 
O lançamento será no dia de 15 de agosto, às 20h, pela internet “para mostrar que as coisas podem ser feitas remotamente”, diz André Brik. Haverá um bate-papo ao vivo com os autores, direto de Curitiba. 

Chip octa-core da MediaTek promete supervelocidade

mediatek
Reprodução

A MediaTek, fabricante de chips para dispositivos eletrônicos, anunciou um processador com oito núcleos que promete ser o mais rápido do mercado.

Segundo comunicado da empresa, o processador, chamado True Octa-Core, terá outra novidade: a capacidade de usar todos os núcleos do processador simultaneamente. É isso que daria a “grande velocidade” ao novo chip e uma “grande vantagem” em relação aos chips rivais, como o da Samsung.

Os atuais chips octa-core, como o Samsung Exynos 5, por exemplo, não usam todos os núcleos ao mesmo tempo. Por conta dessa limitação, os gadgets que usam o chip (como o Galaxy S4) só conseguem aproveitar 4 núcleos simultaneamente numa operação que demanda grande processamento.

O True Octa-Core deve ser apresentado no evento de tecnologia CES 2014, que acontece em janeiro em Las Vegas, nos EUA. Na ocasião, a MediaTek deve mostrar o poder do chip em vídeos e em smartphones protótipos.

No anúncio feito essa semana, a empresa não divulgou a data do lançamento e nem o primeiro gadget que vai usar o processador. Contudo, o chip deve aparecer em meados de 2014, num smartphone ou tablet topo de linha.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

5 erros fatais que as startups cometem no primeiro ano

Veja quais erros são comuns e como evitar que eles acabem com a sua ideia

Homem com a mão no rosto
Creative Commons/flickr/striatic

As startups estão muito ligadas ao princípio de tentativa e erro. Para os especialistas neste tipo de negócio, testar e validar premissas, receber feedbacks dos consumidores e ajustar aos poucos o projeto é um processo essencial para construir uma empresa com potencial para crescer.
Os erros, portanto, são em certa medida aceitáveis no começo da empresa. Mas, se não foram corrigidos a tempo, vão acabar com o negócio. “O primeiro ano de qualquer startup é quando você vai validar uma série de premissas. É a fase da descoberta. Você idealiza, mas na hora que põe na prática vai aparecer um monte de imprevistos”, diz Cassio Spina, investidor e presidente da associação Anjos do Brasil.
1. Ir ao mercado com muita sede
Este é um problema comum em startups que já começam com muito investimento. Antes de fazer todas as validações de mercado, a empresa chega ao mercado com uma estrutura muito grande. “Vai para o mercado com muito apetite, mas tem coisas que não sabe se é o que o consumidor quer. Você cria uma estrutura para atender uma grande demanda e não tem aquela flexibilidade das startups”, indica Spina. 
2. Não ouvir o cliente
Ser muito enxuto e ter em mente a importância dos testes para a empresa é primordial. Para isso, a opinião do usuário precisa ser ouvida. “Tem que testar e ver qual é a reação do cliente. Na hora que começar a sentir que está tendo uma aderência e o cliente está gostando, aí pode começar a escalar o negócio e fazer investimentos mais elevados”, diz o especialista. 
3. Demorar muito para reagir
Não adianta ouvir a opinião dos consumidores sem aproveitá-la para melhorar o negócio. “Demorar muito para reagir com os feedbacks que os clientes dão é um problema”, afirma Spina. Depois de lançar o produto, entenda o quanto o público-alvo está realmente interessado, como ele avalia a utilização e a forma de pagamento e quanto ele está disposto a pagar. 
4. Não ouvir outras opiniões
Quando sentem que tiveram a ideia perfeita, muitos empreendedores se prendem em uma bolha e deixam de ouvir a opinião de outras pessoas. “O empreendedor fica tão convicto a ponto de não estar aberto a ouvir mentores, investidores ou clientes”, explica. “Validar é uma forma de ouvir. É interessante usar a experiência das pessoas a sua volta que podem evitar que você gaste tempo e dinheiro em uma coisa que pode dar errado”, conclui. Por isso, busque informação e escute o maior número de pessoas que puder. 
5. Não ter um pitch 
Os problemas com a definição e a forma como você vende sua ideia podem ser graves. Além de afastar os investidores, um pitch mal feito pode também confundir o cliente. “Geralmente, os erros de pitch acontecem não porque ele é ruim, mas porque não entendeu certa coisas deste mercado”, diz Spina. Impressionar o investidor a qualquer custo, inventando dados, por exemplo, pode ser fatal para a startup. 

A luta entre os smartphones está longe do final

A evolução dos telefones celulares destronou gigantes e deu uma nova chance a empresas esquecidas — prova de que os ciclos tecnológicos estão cada vez mais rápidos

Nexus 4, smartphone do Google e LG
Reprodução/Exame.com

A trajetória das fabricantes de smart­phones na última década mostra por que o mercado de telefonia móvel é apontado por analistas como o mais dinâmico do setor de tecnologia. O caso mais conhecido é da finlandesa Nokia, que chegou a ter 50% do mercado em 2007 e hoje luta para manter um décimo dessa participação.

O pecado da Nokia foi a soberba. Uma vez no topo, a fabricante não soube reconhecer que as inovações trazidas pelo iPhone, como a tela sensível ao toque e a loja de aplicativos, transformariam o mercado. De um mal parecido sofreu a canadense RIM.

A fabricante do BlackBerry chegou a responder por seis em cada dez smartphones vendidos nos Estados Unidos em 2008, mas foi atropelada por Apple e Samsung, as duas empresas que entenderam que o design era um fator tão importante quanto o desempenho tecnológico. Essa dinâmica destrutiva do mercado de telefonia também abriu caminho para novos entrantes.

Um dos exemplos mais notórios é o Google, que em 2008 lançou o sistema Android, hoje presente em 75% dos aparelhos mais sofisticados. No movimento mais recente do setor, empresas tidas como fora da briga estão voltando. É o caso da coreana LG, que já teve uma posição confortável, cometeu erros, foi punida e agora esboça uma reação.

O que impressiona na trajetória recente da LG é a velocidade com que os ventos mudaram — tudo ocorreu em cinco anos. A coreana chegou a ter 10% das vendas globais de telefones em 2009, atrás apenas de Nokia e Samsung, mas caiu para a quinta colocação em 2012, com 3,3%.

O tombo foi causado por uma sucessão de erros cometidos no fim da última década, como insistir na produção de aparelhos simples enquanto os smartphones já despontavam. Para se recuperar, valeu até abandonar outro mercado promissor, o de tablets. “A LG colocou os esforços para a produção de tablets em segundo plano. A prioridade são os smartphones”, disse o coreano Ken Hong, porta-voz da LG, em junho do ano passado. 

O primeiro passo foi dado em 2011, quando a LG priorizou o desenvolvimento de aparelhos com tecnologia 4G, uma geração à frente dos aparelhos mais sofisticados daquela época. Quando as redes 4G passaram a ser implantadas em larga escala nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, no ano passado, a empresa estava bem posicionada — tinha telefones tão sofisticados quanto os de Apple e Samsung.

Outro passo importante foi a aliança com o Google, selada no fim do ano passado, para fabricar o Nexus — aparelho então produzido pela Samsung. Precisando de um cartão de visita, a LG aceitou reduzir as margens e cumprir as exigências técnicas do Google para ganhar a briga.

O esforço — por ora — deu certo. As vendas do Nexus foram fundamentais para a LG comercializar 10 milhões de smartphones no primeiro trimestre de 2013 em todo o mundo, o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado. Pela primeira vez, desde 2009, a LG conseguiu crescer e voltou a ocupar a terceira posição entre as fabricantes de smartphones.

A coreana guarda duas cartas na manga para o segundo semestre. Em agosto, lançará o G2, um smartphone com tela de 5,3 polegadas, apontado por blogs de tecnologia como favorito ao título de celular do ano. Em outubro, está prevista a chegada às lojas de uma nova versão do Nexus.

Com as mudanças, a LG começa a recuperar a confiança dos investidores. Mesmo com as vendas da divisão de TVs estacionadas, os resultados dos smartphones têm elevado o preço de suas ações. Em julho, de 47 analistas dos principais bancos do mundo que acompanham a companhia, dois indicavam a venda dos papéis. A maioria prevê, mesmo após uma valorização recente de 12%, uma perspectiva de alta em 2013.

Um olhar no amanhã

A estratégia de pular um ciclo tecnológico também foi usada pela fabricante americana de processadores Qualcomm. Uma das líderes do mercado de chips para celulares até meados dos anos 2000, a companhia viu sua situa­ção mudar quando uma parte importante das operadoras de celular trocou a tecnologia CDMA, patenteada pela Qualcomm, pela GSM, que contava com um número maior de fornecedores.

A reação começou ainda no fim dos anos 2000, quando a Qualcomm passou a investir no desenvolvimento de componentes para as redes 4G. A aposta foi recompensada. Hoje, ela tem 59% do mercado de processadores para celulares e lucrou 6 bilhões de dólares no ano passado, 40% mais do que o resultado de 2011.

Sobressaltos assim fazem com que os analistas de tecnologia tenham uma postura cautelosa em relação ao futuro do mercado de telefonia. Do ponto de vista histórico, a corrida está no começo. O Nokia Communicator, primeiro smartphone do mundo, foi lançado em 1996. Foram necessários 16 anos para chegar à marca de 1 bilhão de aparelhos vendidos, atingida em 2012.

O próximo bilhão, de acordo com a consultoria americana Strategy Analytics, será alcançado até 2015. “O mercado de smartphones está em aberto”, diz o indiano Anshul Gupta, analista da consultoria Gartner. Segundo ele, cerca de 50% das vendas de telefones móveis são de smartphones. A outra metade é de celulares. “Dentro de cinco anos, os aparelhos mais simples terão apenas 5% de participação em países ricos.” 

O avanço da capacidade de processamento das máquinas tem produzido ciclos tecnológicos cada vez mais curtos na última década. As TVs coloridas levaram mais de 30 anos para se popularizar. Os computadores, pouco mais de uma década. Já os smartphones precisaram de poucos anos.

O resultado prático disso é que as empresas hoje são obrigadas a fazer grandes investimentos para se manter competitivas em tecnologias que podem entrar em decadência rapidamente. “O desafio é decidir quando vale a pena persistir num negócio que oferece margens de lucro reduzidas, mas que pode ser importante para o próximo ciclo tecnológico”, afirma Horace Dediu, fundador da consultoria Asymco. 

Quem não marca presença corre o risco de ficar para trás, como aconteceu com a americana Intel. A fabricante de processadores lidera há décadas o mercado de PCs, com mais de 90% de participação. Mas não conseguiu criar um produto adequado aos smartphones, que exigem bom desempenho e baixo consumo de bateria.

“Agora, estamos nos preparando para o que acreditamos ser o próximo ciclo tecnológico”, afirma Fernando Martins, presidente da Intel no Brasil. O executivo refere-se ao que vem sendo chamado de “internet das coisas”, uma nova era em que, segundo algumas previsões, os processadores estarão presentes em eletrodomésticos, carros e roupas.

Nos laboratórios da Intel, já está em testes uma lente de contato com um chip. A ideia é ter uma pequena tela de computador integrada à visão, no estilo do Glass, os óculos do Google. Outra tecnologia em estudo é da tinta com sensores capazes de analisar dados como temperatura e umidade do ambiente.

É cedo para dizer se a Intel conseguirá recuperar sua relevância já no próximo ciclo tecnológico. O que se pode dizer, com base na experiência recente, é que os perdedores de hoje podem muito bem ser os vencedores de amanhã.

Anatel divulga resultados do acompanhamento da qualidade do serviço móvel

A Anatel divulgou hoje os resultados do terceiro ciclo de avaliação dos planos de melhoria do Serviço Móvel Pessoal (SMP) relativos ao período de fevereiro a abril de 2013. 

Sinclair Maia/Divulgação

A Agência constatou que as quatro prestadoras avaliadas (Claro, Oi, Tim e Vivo) apresentaram resultados acima dos parâmetros de referência, com melhoras tanto no acesso quanto na queda de ligações. Todas as empresas atingiram os parâmetros de referência, com pequenas oscilações, no indicador de desconexão de dados. 

Quanto ao indicador de acesso à rede de dados, observou-se que o patamar de referência foi alcançado por todas as prestadoras nas redes de terceira geração. Com relação às redes de segunda geração, apenas a Claro atingiu o parâmetro de referência, embora todas as operadoras tenham apresentado evolução positiva nos últimos três meses. 

No período de agosto de 2012 a abril de 2013, houve redução de mais de oito milhões no número de acessos da rede de segunda geração e um aumento de mais de 14 milhões na de terceira geração - o que evidencia um movimento de migração da tecnologia 2G para a 3G, esta última mais adequada para o acesso à rede de dados.

A Anatel continuará a acompanhar os resultados dos planos de melhorias e passará a divulgá-los, também, por Unidades da Federação e por municípios, de forma a levar informação mais detalhada e transparente aos usuários, permitindo que todos possam observar o desempenho das empresas e conhecer a qualidade dos serviços prestados em seus municípios. 

Publicado por Anatel

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Como o cheiro de chocolate pode aumentar suas vendas

Um estudo mostrou como o aroma de chocolate pode influenciar o comportamento de consumidores em livrarias

Creative Commons/Flickr

O cheio de chocolate pode fazer as vendas de livros aumentarem. Esta foi a conclusão que pesquisadores da Bélgica publicaram no Journal of Environmental Psychology depois de um estudo de como o aroma do doce influenciava o comportamento dos consumidores.

Segundo o estudo, com o aroma, aumentou em 2,22 vezes a probabilidade dos clientes examinarem melhor os títulos, consultarem os vendedores e comprarem. O experimento dos cientistas da Hasselt University durou 10 dias e descobriu que o aroma funciona para livros de gastronomia e romances, mas não com títulos de história ou suspense. 

Os livros sobre comidas e bebidas tiveram um aumento de 40% nas vendas. A conclusão é que os lojistas podem usar aromas no ambiente para criar uma condição mais favorável de compras, levando o consumidor a explorar o local, segundo o jornal britânico Daily Mail

Apesar de o estudo ter sido feito com livrarias, há outras pesquisas que indicam que o cheiro de uma loja pode influenciar os consumidores. Um levantamento feito em 2008 mostrou, segundo a revista Time, que as mulheres tendem a comprar mais roupas por impulso quando a loja tem aromas de biscoitos de chocolate. Há ainda cientistas pesquisando como aromas relaxantes podem aumentar as vendas e outros cheiros são capazes de fazer uma marca ser mais lembrada pelos consumidores.

Para pequenas empresas, vale explorar quais aromas poderiam ter a ver com seu produto e melhorar a experiência dos seus consumidores na loja. Muitas vezes, um cheiro agradável pode fazer com que eles se sintam mais confortáveis e inclinados a comprar.

Comece pequeno, mas sonhe grande



O texto abaixo é baseado em um estudo realizado pela Endeavor’sobre estratégias chave para o sucesso das startups. O estudo é baseado em entrevistas com 55 Empreendedores de Alto Impacto de 11 países.


As startups mais admiradas dos dias de hoje – os Facebooks, Googles e LinkedIns do mundo – são empresas globais que começaram em mercados locais. Mark Zuckerberg começou o Facebook em um nível bastante local, testando o conceito original na Universidade de Harvard. Com o tempo, o Facebook cresceu nacionalmente, e depois globalmente. Hoje, a rede social tem mais de 800 milhões de usuários ativos, dos quais mais de 75% vivem fora dos EUA.

Reid Hoffman, fundador e presidente do LinkedIn, falou sobre a importância de “Começar pequeno, mas sonhar grande” no Endeavor Entrepreneur Summit em São Francisco.

“É claro que você pode mirar em um alvo maior, porque você pode acabar com algo menor de qualquer forma. E parte da razão de isso ser uma regra no empreendedorismo é porque se você não começar mirando alto, quase nunca vai conseguir chegar lá. Tem que ser assim: ‘Como posso ter um impacto global?’. Eu acho que todas as empresas de alto impacto devem pensar em escala global por natureza hoje em dia, por causa da forma como o ecossistema do mercado funciona. Aí você pensa ‘OK, como eu posso entrar nesse jogo?’. Um dos maiores desafios é como construir algo muito forte com o foco local e então partir para o jogo global. Por exemplo, nós lançamos o LinkedIn com 13 países na lista, e acho que completamos todos os países em 4 meses, porque para cada pessoa que reclamava que seu país não estava na lista, nós o adicionávamos.”

Uma pesquisa da Endeavor mostra que a maioria dos empreendedores de sucesso começou localmente, mas planejou em escala global.

Entre os melhores empreendedores entrevistados – aqueles cujas empresas cresceram em média 20% ou mais nos últimos três anos – 74% focaram em ter sucesso localmente no começo, para conseguirem aperfeiçoar os aspectos mais fundamentais dos seus modelos de negócios. Mas aspiravam tornar suas empresas globais e desenharam seus negócios de uma forma que fosse possível expandir globalmente no futuro.

Quando a Empreendedora Endeavor colombiana Lilian Simbaqueba fundou a LiSim em 1996, ela sabia que teria de expandir sua empresa além das fronteiras da Colômbia para ter alto impacto.

No começo, a LiSim tinha muitas oportunidades de negócios na Colômbia, então Lilian decidiu focar primeiro em construir um negócio que fosse muito forte no mercado local. Quando a crise financeira atingiu a Colômbia, no entanto, os riscos para o core business da LiSim aumentaram substancialmente. Lilian decidiu que era hora de fazer uma expansão internacional. Um dos clientes da LiSim era um banco no Equador – o que criou um link natural para o novo mercado. Depois do Equador, a expansão geográfica continuou, na maioria dos casos puxada por clientes e contatos que já existiam. A ACCION International levou a LiSim ao Peru e à Bolívia, e o Banco Mundial a levou para o Egito e África do Sul. Por todo o processo de expansão, Lilian teve de fazer pequenos ajustes no modelo de negócios, mas o modelo original do core business que ela aperfeiçoou na Colômbia permaneceu o mesmo. Hoje, a LiSim opera em 20 países.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Chromecast transforma TV simples em smart TV por US$ 35

O Chromecast, novo adaptador do Google vendido por 35 dólares nos Estados Unidos, leva imagens de um dispositivo móvel a um televisor pela rede sem fio

Reprodução de EXAME.com

Entre as novidades divulgadas num evento nesta tarde, na Califórnia, o Google apresentou um novo produto, o Chromecast. Com o formato de um pen drive, ele trabalha acoplado à entrada HDMI de um televisor. Pela rede sem fio, recebe áudio e vídeo de smartphones, tablets e computadores pessoais.Aplicativos compatíveis com o Chromecast, como Netflix, YouTube e o browser Chrome, terão um botão com a palavra Cast (transmitir). Bastará tocar nele para iniciar a transmissão das imagens para a TV. Isso deve funcionar com iPhone, iPad, PCs com Windows, Mac e, claro, tablets e smartphones com Android.

Embora haja outros dispositivos com a mesma finalidade nas lojas, o Chromecast é uma solução singular em vários aspectos. Para começar, ela roda o sistema Chrome OS, em vez do Android. Quando o conteúdo for transmitido de um PC, a transmissão é feita por meio do browser Chrome.

No caso dos apps que recebem conteúdo por streaming, esse conteúdo será enviado diretamente da nuvem para o Chromecast, sem passar pelo dispositivo móvel que está sendo usado para comandar a exibição.

O Google diz que isso vai evitar que a carga da bateria do smartphone ou tablet se esgote rapidamente. Além disso, o usuário poderá trabalhar em outro aplicativo enquanto a transmissão é feita.

Nos Estados Unidos, o Chromecast já pode ser encomendado por 35 dólares na loja Google Play (que não vende hardware aos brasileiros). Será comercializado também pelos varejistas Amazon e Best Buy. Quem compra ganha uma assinatura de três meses da Netflix.

O lote inicial na loja do Google parece ter se esgotado em cerca de 20 minutos. Para os primeiros compradores, o prazo de entrega era um ou dois dias. Agora, a entrega está sendo prevista para 7 de agosto.

O Google diz que a tecnologia do Chromecast poderá ser embutida, futuramente, em televisores e outros aparelhos. Junto com o adaptador, o Google anunciou uma nova geração de tablets Nexus 7, o Android 4.3 Jelly Bean e o app Google Play Games, entre outras novidades.

O vídeo abaixo mostra o Chromecast em ação:



6 formas de driblar o medo para empreender

Veja as dicas para quem quer abrir um negócio, mas ainda tem medo de arriscar

Homem com post-it no rosto
Incerteza, medo, risco. Quem começa um negócio do zero sabe que essas sensações são potencializadas na hora de, enfim, tirar a ideia do papel. Muitos empreendedores estudam o mercado, pesquisam e, mesmo assim, ficam paralisados na hora de assumir o compromisso do próprio negócio.
A boa notícia é que essas sensações são perfeitamente normais no empreendedorismo e fazem parte do processo. Para superar o medo e se arriscar, os especialistas Thiago de Carvalho, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, e Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Criatividade e Empreendedorismo da FAAP, dão dicas para driblar a incerteza e ter uma pequena empresa de sucesso. 
1. Não faça comparações
Uma das principais dúvidas na hora de empreender é se as condições do emprego, como salário, benefícios e horários, serão mantidas na nova atividade. “Mais do que risco e medo, as pessoas ficam comparando o que elas têm hoje e esperando a grande ideia”, diz Carvalho. Segundo ele, é mais importante se encontrar em uma atividade que traga satisfação do que medir apenas pelo aspecto financeiro. 
2. Entenda o que é risco para você
A percepção de risco, segundo Hashimoto, é algo muito particular. “Se você é o tipo que olha para o céu claro e mesmo assim tem um guarda-chuva, indica que é menos receptivo a risco”, diz. É importante avaliar, com base nas escolhas diárias e de investimentos, qual é o seu limite para se arriscar. 
3. Descubra de onde vem a dúvida
Entender de onde vem o medo ao risco é essencial para poder solucioná-lo. “É legal saber quais são as origens dessa insegurança. É uma insegurança muito específica de cada um”, indica Carvalho. Descubra se o medo é impulsionado por falta de capital, de habilidades técnicas ou mesmo por circunstâncias pessoais. 
4. Planeje-se
Um planejamento de médio e longo prazo ajuda a amenizar o medo e também reduzir os riscos. “Esse planejamento ajuda a pessoa a entender melhor o negócio. Algumas pessoas acabam ignorando retornos dos consumidores que não gostam do produto delas. Elas criam modos de pensar e acabam não observando o mercado”, explica Carvalho. 
Este planejamento é essencial se o negócio for em uma área em que o empresário tem pouca experiência. O mais indicado é conversar com o máximo de pessoas possível para entender o mercado. 
5. Avalie o impacto dos riscos
Entender o que o risco vai causar na sua vida é importante para avaliar quais ameaças serão priorizadas. “Na avaliação de risco, precisa saber quais são as ameaças que podem sair do controle”, diz Hashimoto. Segundo ele, uma ótima forma de reduzir a incerteza é participa de cursos e seminários e conversar com especialistas. 
O passo seguinte é entender quais são os maiores riscos, avaliando o impacto e a probabilidade de cada um. “Se o impacto é pequeno e a chance de acontecer é grande, o risco talvez seja alto”, indica. 
6. Faça uma autoavaliação
O autoconhecimento é essencial para entender como cada empreendedor lida com o risco e com a ideia de abrir um negócio. “Esse autoconhecimento é importante para quem está buscando uma carreira como o empreendedorismo. Não tem certo ou errado em termos de carreira”, diz Carvalho. Avalie-se e meça até que ponto você está disposto a ir pelo próprio negócio. 

Como Definir a Participação de Cada Sócio em uma Startup

http://cassiospina.weebly.com / Desafio Brasil 2011

É muito comum quando pergunto qual é a participação de cada sócio de uma startup receber como resposta que é igual para todos fundadores. Apesar de não ser totalmente errado, não me parece ser a melhor distribuição, considerando que normalmente toda empresa tem um líder que assume o maior peso da responsabilidade. Entretanto, o que realmente me preocupa como investidor é quando questiono se estabeleceram um acordo societário para o caso de algum dos empreendedores tenha de sair no meio do caminho: raramente ouço que sim e isto é risco que nenhum investidor quer tomar, especialmente por ser facilmente resolvível se combinado previamente. Mas se não for, poderá se tornar um sério problema lembrando que uma das causas mais frequentes para o fracasso de empresas são desavenças entre os sócios. Por melhor que o negócio seja, dificilmente irá sobreviver se os fundadores desviarem seu foco para discussões entre si e isto normalmente ocorre por um ou mais dos motivos abaixo:

- Divergência de opinião sobre os rumos da empresa.
- Falta de dedicação de algum dos sócios a empresa.
- Algum dos sócios não dar os resultados conforme necessário/prometido.
- Comportamentos/problemas pessoais fora do padrão.

Todos estes problemas muitas vezes só tem solução com o desligamento do sócio que está dissonante do grupo e para isto é fundamental que já esteja pré-acordado como isto será efetivado, senão as discussões e brigas podem parar até em disputas judiciais que levariam a grandes prejuízos para a empresa, inclusive ao seu insucesso.

Um exemplo simples é de uma startup que tenha 3 co-fundadores com participações iguais, ou seja, 33,33% para cada um e um deles resolve simplesmente desistir depois de 6 meses. Observando que para uma startup o capital mais valioso é o trabalho de cada sócio, este abandono prematuro certamente irá prejudicar a empresa, mas pior do que isto é se este sócio considerar que deve manter sua participação original, pois isto certamente irá desmotivar os outros remanescentes, pois estes não irão querer continuar se dedicando enquanto o que saiu irá "ganhar" o mesmo que eles se o negocio der certo.

Para evitar estes problemas é fundamental que os empreendedores combinem as regras de participação societária desde o inicio, começando pela participação de cada um, conforme as responsabilidades e dedicação individual. Um modelo simples de cálculo é computar quando como se o trabalho dedicado fosse um investimento pessoal de cada um no capital da empresa. Por exemplo, levantando-se quanto cada sócio ganharia se fosse um funcionário desta empresa e computando o valor como um aporte de capital. Por exemplo, se o líder da startup tivesse uma remuneração teórica R$ 10 mil/mês, o co-fundador técnico R$ 8 mil/mês e o co-fundador comercial de R$ 6 mil/mês, pode-se utilizar estes valores como “aportes de capital teórico” para calcular a participação de cada um, pelo período que se dedicar, assim, se o líder no começo se dedicar 100%, o técnico 70% do seu tempo e o comercial 50% do seu tempo, a cada mês deveria ser adicionado o aporte individual de trabalho ou seja R$ 10 mil, R$ 5,6 mil e R$ 3 mil respectivamente, acumulando mês a mês até quando a empresa pudesse começar a pagar os pró-labores dos sócios, assim, se algum dos sócios se desligasse no meio do caminho, seus “aportes com trabalho” parariam de ser computados, sendo diluídos pelo trabalho dos outros fundadores que continuassem. Além disto, considerando que enquanto a startup não começar a gerar resultados, deve-se combinar que a saída prematura antes de um período mínimo pré-determinado (ex.: 1 ano ou inicio de faturamento) implicaria na “perda” parcial ou até total de sua participação como uma penalidade pelo prejuízo que isto iria causar na startup, que teria de buscar alguém para substituí-lo. Esta cláusula é conhecida como “vesting” sendo muito comum nos contratos efetivados com investidores, que precisam da garantia de dedicação dos fundadores.

Não é possível determinar qual fórmula é a “mais justa”, pois é um conceito muito subjetivo, mas existem várias outras metodologias e fórmulas para o cálculo de participação dos sócios, como por exemplo a publicada no site foundrs.com e até um livro sobre este tema (vide www.slicingpie.com). O importante é que seja criado um acordo que seja aprovado por todos e que garanta o comprometimento individual de cada um.

Artigo escrito por Cassio Spina - Matéria publicada em blog.anjosdobrasil.net

O time inicial para tirar o negócio do papel

Divulgação Chicago Booth/Exame.com
Jovens resolvem quebra cabeça


O empreendedor está montando um negócio promissor, mas precisa de pessoas qualificadas que comprem seu sonho e topem ganhar menos do que numa multinacional. Como e onde recrutar ótimas pessoas?

Talvez uma das coisas mais complexas para qualquer startup no mundo é formar sua equipe inicial.

No Brasil, claro, é mais difícil ainda. E explico por quê:

1. Há pouquíssimo capital de risco semente, aquele que financia quase “ppts”, portanto as startups precisam contratar com pouquíssima grana. Mesmo!;

2. As grandes empresas em um país que vai bem oferecem pacotes atraentes para os jovens mais talentosos, como programas de trainees, por exemplo, e fica muito difícil para uma startup competir com salários, benefícios e treinamentos (entre outros mimos) e

3. Ainda acontece, cada vez menos, é verdade, de o jovem achar que o mais legal é trabalhar para uma grande empresa multinacional e não para uma “empresinha” que está começando. Ainda temos aquele velho estigma do “você sabe com quem você está falando?”...

Dito isso, que nada mais é do que uma constatação da realidade, quais as saídas para o empreendedor brasileiro de startup conseguir montar uma equipe que o ajude a fazer seu negócio acontecer? Listo alguns pensamentos:

1. Mais (muito mais) do que em outros lugares, o empreendedor brasileiro precisa ser hiper-mega-super-empolgado com o seu negócio (MUITO!), pois alguns dos melhores talentos poderão se reconhecer no desafio, na empolgação e, independente de grana e do tik (hahaha), etc, etc, poderão se juntar ao seu time.

2. Os jovens da Geração Y buscam coisas que tenham significado e sejam verdadeiras, o que é o caso de uma startup (a não ser que ela seja de um filhinho de papai mimado), portanto aí pode estar mais uma das razões para atrair um jovem talento: mostrar que o que ele irá fazer é muito mais do que um emprego, tem significado, faz diferença.

3. Pensar em colaboradores como se fossem sócios. Os processos aqui no Brasil de coisas como stock options ainda são meio confusos, mas você pode oferecer uma pequena parte da empresa para os colaboradores mais estratégicos e montar um formato que funcione com eles. (um bom contador ajuda a encaminhar isso).

4. Pensar em ter sócios ao invés de colaboradores. O valor da sua empresa (apesar de futuro) é real, ou seja, tem gente que troca dinheiro (ou chance de dinheiro) no futuro por dinheiro hoje. Sócio, obviamente, não é nada simples, mas pode ser muito interessante. Ouvi de um fundo americano que eles nunca investem em empreendedores individuais, solitários, preferem os que têm sócios.

5. Seja criativo. Visitei uma startup nos EUA semana passada que funciona em um escritório virtual, que eles montam e desmontam conforme a necessidade, composta por 5 pessoas, todos sócios com diferentes participações e que tem todos os cargos “C”(CEO, CFO, etc) completos, mas como se diz aqui no Brasil, nenhum “índio”! Ou seja, tem CEO, CFO, CMO, mas funciona no Starbucks! Quando o cara entrega cartão, ele é bonitão, cargo bacana e parece mais do que é... afinal, todo mundo precisa/gosta de ser respeitado, né? Cargos criativos também são bacanas, tipo Chief Disruption Office (CDO). O cara não tem grana, mas tem status!

Falando em criatividade, penso que no Brasil uma das grandes saídas para as “faltas” que temos por aqui é ser criativo, e no caso dos colaboradores para startups a regra vale.

Sonhe grande, atraia gente que quer sonhar com você e boa sorte!